Dê valor enquanto há tempo

Olá queridos amigos!!!!!!!!

Quanto tempo que não escrevo, que saudade!!!

Meu último post foi em dezembro de 2011 e depois disso tantas coisas aconteceram...

Em janeiro de 2012 eu engravidei! Pois é, tive mais uma menininha!!! Por isso, como vocês podem imaginar, tenho vivido numa correria só, cuidando das minhas duas princesas e trabalhando. Mas a cada dia reconheço o quanto Deus é maravilhoso por ter me dado a minha família! Amo demais esse meu ministério de mamãe!

São tantas coisas que eu gostaria de compartilhar... minha vida teve tantas mudanças neste tempo, muitas coisas boas, mas muitas coisas ruins também.

Recebi de presente do Senhor mais uma filha, que tem sido uma bênção na minha vida e na minha família e por outro lado, perdi minha sogra e meu sogro num intervalo de 39 dias.

Hoje, vou compartilhar com vocês sobre alguns pontos dessas duas perdas...

Acho que já comentei com vocês em outro post, um pouquinho da forma do relacionamento de meu esposo com seus pais. Era de muito respeito e submissão. Não sei se isso se dava pelo fato da diferença de idade entre eles ser grande, já que ele é o filho caçula de um total de oito ou se era o estilo da criação, pois meus sogros eram rígidos no aspecto de educação de filhos.

Dei apenas essa introdução para que entendam o contexto do assunto que vamos tratar hoje.

O falecimento de minha sogra ocorreu de forma rápida, já que ela ficou doente numa segunda-feira e faleceu na sexta-feira da mesma semana. Era uma pessoa extremamente ativa (uma das mais que já conheci), saudável, bem disposta, animada, trabalhadeira e de fé, muita fé. Tradicional católica, teve sua vida inteira de dedicação aos pobres e necessitados. A bondade e  generosidade eram sua marca registrada. E nesse aspecto de ação social, posso afirmar que nunca mesmo conheci alguém com o coração igual ao dela.

Por isso, não existem palavras que descrevam o choque que foi  e ainda é, para a toda a família, ter que ficar sem a presença dela. Mas o que quero destacar aqui, é a atitude de meu esposo... Na viagem de volta para casa, após o enterro de minha sogra, ainda meio anestesiados com tudo, viemos conversando... E ele, muito emocionado, me disse: “Apesar da dor e do sofrimento gigantes que eu estou sentindo agora, meu coração está em paz, pois eu sei que tratava a minha mãe como uma rainha. Já há muitos anos eu decidi que não iria mais contrariar meus pais em nada, nem discutir por nada e assim o fiz. Eu sempre os respeitei muito, mas nos últimos anos eu percebi que não valia a pena atritar por nada. Discordávamos em muitas coisas, o que é normal, pois as pessoas são diferentes, mas não discutíamos e muito menos brigávamos. Tenho minha consciência em paz por ter dado todo o meu amor e respeito até o fim.”

Essa colocação dele me abalou muito... Realmente, nunca, em dez anos que estamos juntos, nunca mesmo o vi ser grosseiro ou mesmo ríspido com seus pais.

Hoje em dia, quantas pessoas podem ter a consciência em paz em relação ao trato com os pais??? Os relacionamentos estão cada dia com mais liberdade. Vemos crianças bem pequenas mandando e desmandando em suas casas e tratando seus pais como verdadeiros empregados, debaixo de pouca ou nenhuma autoridade. Fora os adultos, muitas vezes, que tratam seus pais idosos com ignorância, desprezo e grosserias, isso quando não o abandonam em clínicas de repouso, sem nem ao menos visitá-los de vez em quando.

A verdade é que o temor do Senhor, o cumprimento do mandamento de honrar pai e mãe e os laços de amor e respeito estão se afrouxando. É uma linha muito tênue que separa a liberdade e a intimidade do desrespeito.

E não adianta querermos justificar que são outros tempos, que é culpa da modernidade, etc e etc... A Bíblia nos diz que não devemos nos conformar com este século, mas sim nos transformar pela renovação de nossa mente. Isto quer dizer que, o respeito, a gentileza e a honra aos pais não devem ser considerados fora de moda por nós.

Deus nos dá o hoje. A oportunidade de vivermos ao lado de certas pessoas por um determinado tempo de nossas vidas (infelizmente os pais não são eternos... rs) deve ser aproveitada, aliás, bem aproveitada no dia de hoje. Só Deus é quem sabe quando será a última vez que poderemos ver, ouvir, abraçar, conversar, beijar e sentir uns aos outros. A separação pode ser repentina. Por isso, não devemos perder nosso tempo dando ênfase aos defeitos, às diferenças e às manias de nossos pais. Nosso tempo pode ser bem aproveitado amando e convivendo harmoniosamente com aqueles que foram os instrumentos escolhidos pelo Senhor para nos darem a vida.

Imaginem como estaria hoje, a cabeça de meu esposo, após perder a mãe e o pai num intervalo tão pequeno, caso eles estivessem brigados, ou se ele pouco antes os tivesse maltratado? Acho que a dor se multiplicaria... E o arrependimento por não ter aproveitado ao máximo a presença deles na terra também...

Mas graças a Deus não foi assim... Hoje, o que fica é a dor da ausência, a incomensurável saudade e a esperança do reencontro...

Por isso, querido amigo, não perca mais tempo! Nunca é tarde para uma reconciliação ou mesmo para um estreitamento de laços. Hoje é o dia que o Senhor fez, vamos nos alegrar em família!!!

Vou deixar abaixo uns versículos para vocês meditarem:

“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao pescoço.

Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.
Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida...” (PV 6.20-23)

Que Jesus abençoe a sua vida e a sua família!

Beijosssssssssssssssssssss